Jornalismo

“Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte."

Gabriel Garcia Márquez

Um pouco do dia a dia de uma equipe de televisão

domingo, 27 de junho de 2010



Um cenário de guerra. Foi isso que eu pude observar na cidade de Palmares após a tragédia da recente enchente. Lama por todos os lados, destroços onde antes eram casas. O comércio foi destruído quase por completo e agora, só resta contabilizar os prejuízos deixados pela fúria das águas.

O acesso à cidade está um caos. O trânsito dentro da cidade acontece só por algumas ruas, pois muitas delas estão cobertas de entulhos e restos de móveis e mercadorias que não servem mais pra nada. Pontes, casas, a maioria dos prédios públicos... foi tudo destruído pela água.

Boa parte da população está desabrigada e em alguns locais a ajuda só chega de helicóptero, pois é impossível chegar de carro. Donativos estão chegando de todas as partes do país. A TV Jornal também está fazendo a sua parte e já conseguiu arrecadar toneladas de alimentos e roupas para ajudar essas pessoas.

Para trabalhar nesses locais, o que é imprescindível é uma bota de cano longo, pois a lama é muito alta e como arrastou muitos alimentos, os mesmos apodrecem e não é bom estar em contato com isso. Como a câmera é pesada se puder usar um microfone sem fio é bem melhor, pois assim não precisa necessariamente ir onde o repórter está.

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