Jornalismo

“Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte."

Gabriel Garcia Márquez

Um pouco do dia a dia de uma equipe de televisão

domingo, 30 de maio de 2010






Esses são alguns dos equipamentos que nós usamos quando saímos para fazer as matérias na externa, são eles: tripé, iluminador, câmera e bateria. São usados sempre, as variações são poucas como nas baterias da câmera, por exemplo, que essa da foto é a BP-L130, mas trabalhamos também com a BP-L100 e a BP-L40 a única diferença entre elas é que quanto maior a numeração mais tempo de gravação ela agüenta.

O tripé é o mini SHII que é da mattedi, uma empresa bem conceituada nesse ramo. Ele é leve e de fácil manuseio o que ajuda na hora da utilização, afinal as equipes não têm auxiliar para carregar o equipamento então quanto mais leve, melhor. Também trabalhamos com o DMS que é bem mais robusto que o mini SHII (e bem mais pesado!). Ambos dão uma ótima mobilidade para o operador.

Já trabalhamos com diversas câmeras como a DSR-300, a PD-150, a D30, todas da SONY. Mas a câmera que trabalhamos atualmente é exatamente essa, a JVC GY-DV500, digital e profissional. O equipamento trabalha com fitas DVCAM e mini DVCAM. Tem uma variação de tempo de fita de acordo com o tamanho da mesma porque ela sempre grava em DVSP, por exemplo, se colocarmos uma fita de 32 minutos geralmente ela grava 51 minutos e não os 32 que a fita indica. É um equipamento muito bom.

O iluminador também é igual a esse da fotografia, só que com uma lâmpada de 50watts, ele não liga na tomada, tem um adaptador CANON ao invés desse plug de tomada que é para pegar em uma bateria de nobreak que fica em uma mochila que carregamos quando usamos esse tipo de sungun.

Depois que pegarmos tudo que é necessário como equipamentos, pautas e o carro, é hora de sair pra externa para fazer as matérias, propriamente ditas. De repente, quando chagamos no local o (a) repórter olha pra você e diz: “vamos fazer uma passagem!”, ou ainda “vamos fazer um teaser!”, ou até “tem um standup pra fazer em determinado lugar!”. No próximo texto eu explico tudo isso.

O grande intuito deste blog é mostrar um pouco da vivência do dia a dia de uma equipe de externa, em televisão. Tirar algumas dúvidas sobre linguagens e equipamentos usados, falar um pouco sobre a rotina e esclarecer um pouco do que acontece na rua, na prática mesmo. Os problemas que encontramos e enfrentamos para que o telespectador receba em sua casa o item fundamental, para qual o veiculo TV funciona, que é transmitir informação.

Às vezes as pessoas sentam em suas casas ligam a TV para assistir a um noticiário e não imaginam a dificuldade que é enfrentada pela equipe, para que aquela matéria esteja ali, editada e finalizada, com todas as informações necessárias para que as pessoas fiquem informadas sobre determinado assunto.

Não é tão fácil fazer televisão. As equipes chegam cedo à emissora, às vezes madrugam. No caso da minha função que é repórter cinematográfico, geralmente se chega a emissora um pouco mais cedo do que a (o) repórter. Isso porque, tem que separar todo o equipamento que vai ser usado: câmera, baterias para a câmera, fitas, tripé, microfone, cabos de áudio, ‘sungun’, baterias para o sungun, case para as baterias do sungun, capas de chuva para a câmera e para o repórter cinematográfico. Dependendo da matéria, ainda levamos mais equipamentos como lente grande angular, tripés de luz, gelatinas, rebatedor, difusor, ufa... é muita coisa!

Mas continuando, enquanto se pega todo esse material o (a) repórter está lá na redação conversando com o chefe de reportagem para saber a previsão de pautas do dia. Depois disso, pegamos as pautas e em seguida o (a) repórter conversa com o repórter cinematográfico para ver o roteiro. Depois disso, seguimos para fazer as matérias na rua... Bem, na rua já é uma outra história!